Rodrigo é apresentado e diz que vai ajudar a temerem de novo o Vasco
Após boa temporada no Goiás, zagueiro diz que não pensou duas vezes em aceitar convite do clube de São Januário e avisa que cobra muito: ‘Não gosto de levar gol’
Quinto reforço do Vasco para a temporada, o zagueiro Rodrigo foi apresentado oficialmente nesta quarta-feira pelo presidente Roberto Dinamite e pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano. Com discurso confiante, o jogador assina por dois anos e vem para sua segunda passagem pelo futebol carioca – em 2008, ele foi contratado pelo Flamengo, mas pouco jogou após sofrer uma séria lesão no braço e sair por causa de salários atrasados. Aos 33 anos, o novo xerife terminou o Brasileirão pelo Goiás com a maior média entre os zagueiros no Troféu Armando Nogueira, com 6.39, à frente justamente do ex-vascaíno Dedé, que teve 6,31.
Substituto de Cris como o toque de experiência na defesa, Rodrigo surpreendeu ao analisar mentalidades diferentes do Esmeraldino, seu ex-clube e que terminou na sexta posição a competição nacional, e do Vasco, que disputará a Segunda Divisão do Brasileiro.
- A minha escolha se resume a uma frase: quero jogar no Vasco. Apesar de todos problemas que teve, é uma nova jornada esse ano. Estava disputando ano passado para sair da zona de rebaixamento, permanecer na Primeira Divisão, aqui venho para ser campeão. A motivação é outra, aí você vê a grandeza do clube – disse o novo zagueiro do Vasco.
Confiante, ele valorizou o novo clube, se definiu como “chato” nas cobranças no dia a dia aos companheiros e a si próprio.
- Não gosto de levar gol – afirmou Rodrigo, que mostrou outro objetivo na chegada. – Vou ajudar a todo mundo ter medo de novo do Vasco.
Chegada ao Vasco
Primeiro quero agradecer a aposta do Vasco no meu nome. É um time do qual já conheço as tradições e, pelos reforços que estão chegando, pelo grupo que aqui já tem, tem tudo para que possamos começar bem já no Estadual e irmos no caminho de grandes conquistas. Não pensei duas vezes quando recebi o convite, já conversamos logo e parei com tudo aquilo que estava rondando ao meu redor, as outras propostas. Tenho total confiança no que decido. Dificilmente tive problemas em toda a minha carreira. Não vai ser agora. Quando a coisa é séria, tem tudo para ser ano maravilhoso na carreira.
Liderança no elenco
A liderança para dar certo tem que ter participação do grupo todo, uns às vezes são mais acanhados, outros não muito. As lideranças vão surgindo no próprio elenco. Estão chegando jogadores novos e cada um vai contribuir um pouco.
Nível dos contratados
São jogadores de alto nível que resolveram vir jogar no Vasco, independente da situação que o clube se encontrou na temporada passada. Então se vê (a escolha) que não foi só minha.
Defesa do Vasco em 2013 das mais vazadas
Hoje, não é só o zagueiro que defende, mas todo o time precisa lutar e cuidar de cada setor. No Goiás, quando enfrentamos o Vasco, tínhamos uma limitação muito grande, mas tínhamos um espírito de vencer, de não levar muitos gols e assim conseguimos fazer um bom campeonato.
Retorno ao futebol carioca
(Jogador mostra a lesão no braço). Uma coisa não leva a outra. Futebol é assim, foi uma coisa de muito tempo atrás, anos atrás. Nem cheguei a jogar no Flamengo. Se não me engano na terceira ou segunda partida, por isso não vejo assim: “tenho que me afirmar aqui no Rio”. Venho para um clube totalmente diferente, com tudo muito distinto. Vou ajudar a todo mundo a ter medo do Vasco.
Jovens Luan, Jomar e Rafael Vaz
Fico feliz pelos zagueiros que aqui estão. Lá no Goiás joguei com Ernando, super novo e deu liga, vamos ver aqui. Com juventude e um pouco de experiência, um pouco só. Sou chato para caramba, toda a hora fico na orelha. Aí que acho que dá liga, na hora da cobrança, porque gosto de ser cobrado também. Tem que ver seus erros também, assim que aprende, faz com que jogador novo cresça e que dê certo.
Torcida do Vasco
Não só na partida contra o Goiás no Maracanã ano passado (quartas de final da Copa do Brasil), mas na época que joguei aqui (em São Januário) pelo São Paulo, com a casa cheia, pensava: ‘nunca fiz um gol aqui’. Agora espero fazer gol aqui logo. Quero ver a torcida de volta. Se que ela está chateada, magoada, mas vamos dar a volta por cima dentro de campo, vamos resgatar todo aquele torcedor que está ferido e chateado.
Gols na subida ao ataque
Em 2013 fiz quatro gols. Espero que esse ano possa fazer. Meu primeiro objetivo não é subir ao ataque. Eu sempre digo: não gosto de tomar gol, isso que tenho na cabeça. Não tomando, meus companheiros vão fazer gol.
Experiência
Aprendi muito com Ronaldão (ex-zagueiro do São Paulo e da seleção brasileira), um cara que aprendi muito. Gosto de treinar cabeceio, vão ver eu fazendo isso no dia a dia. Mesma coisa que um atacante, que treina finalização, eu treino cabeceio, acho que isso me ajuda no ataque. Vocês me acompanharam em jogos contra o Vasco, contra o Flamengo. Meu jogo é duro, pesado, foi assim em toda a carreira, mas sempre leal. Se fui expulso não me lembro, apesar de jogar duro e pesado.
